De acordo com a MetSul Meteorologia, setembro promete ser um mês marcado por calor intenso e temperaturas elevadas em vários estados brasileiros, o que pode aumentar o número de queimadas. Sem a presença de um El Niño forte como o de 2023, as chuvas no Sul devem ser menores comparadas ao ano passado.
O inverno termina no dia 22 de setembro às 9h44, mas a primavera meteorológica começa em 1º de setembro, englobando o período de setembro a novembro. Assim, setembro é um mês de transição para a primavera, trazendo um aumento nas temperaturas.
Historicamente, setembro é um mês seco no Centro-Oeste e Sudeste do Brasil. A umidade continua baixa na maior parte dessas regiões, resultando em dias de calor intenso e até extremo, especialmente no Centro-Oeste, onde as temperaturas podem ultrapassar os 40ºC, principalmente no Mato Grosso.
A combinação de calor e tempo seco contribui para o aumento das queimadas, com setembro sendo o mês com mais focos de calor no Cerrado, com uma média histórica de 22.020 focos.
No Sul do Brasil, especialmente no Rio Grande do Sul, setembro costuma trazer volumes de chuva elevados, com histórico de enchentes. No entanto, o cenário de 2024 deve ser diferente do ano passado, sem a influência de El Niño ou La Niña.
Durante o mês, o Centro-Oeste e o Sudeste devem enfrentar precipitações escassas e clima muito seco, principalmente na primeira quinzena. A segunda metade do mês pode ver um retorno gradual das chuvas em algumas áreas, mas de forma irregular e mal distribuída. O Sul, por sua vez, deve receber mais chuvas do que o Centro e o Sudeste, com o Paraná possivelmente tendo chuvas abaixo da média, e Santa Catarina variando conforme a localidade. O Rio Grande do Sul deve ter precipitações perto ou acima da média.
O mês também pode trazer um aumento de temporais, especialmente no Sul do Brasil, devido à presença de ar quente e frio que pode provocar tempestades severas. A ocorrência de sistemas convectivos de mesoescala, como aglomerados de nuvens carregadas, também é possível. Além disso, setembro tem uma maior propensão para a formação de ciclones extratropicais no Atlântico Sul, o que pode resultar em frentes frias chegando ao Brasil.
*Com informações de MetSul/SCC10