A moradora do bairro Popular, Daiana Lima, contou à Rádio Clube de Lages a angústia vivida no último domingo (26) ao presenciar a falta de ambulâncias do SAMU no atendimento a um vizinho que sofria um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Ao ligar para o serviço de emergência, Daiana foi informada por uma médica que não havia ambulância disponível e que o paciente deveria ser levado à UPA por meios próprios, mesmo com a urgência da situação. Segundo ela, a ligação foi bruscamente encerrada antes que a moradora pudesse questionar a falta de atendimento.
Em uma segunda tentativa, a cunhada de Daiana ligou para o SAMU e teria sido recebida com grosseria e falta de empatia pela mesma médica. A profissional teria questionado a quantidade de ligações feitas e, em tom zombeteiro, instruiu a família a levar o paciente ao hospital por conta própria, ignorando a gravidade da situação e a falta de condições da família para tal.
Atendimento humanizado e auxílio inesperado
Diante do descaso, Daiana ligou novamente para o SAMU, dessa vez sendo atendida por um médico atencioso que, apesar da falta de ambulâncias, orientou a família a levar o paciente ao hospital, onde uma equipe aguardaria na porta para o socorro imediato.
No caminho para o hospital, a família contou com a ajuda de um guarda de trânsito, Jhonatan, que, ao presenciar a situação, prontamente auxiliou na abertura de caminho até o local.
SAMU de Lages admite falta de ambulância em atendimento à paciente
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Lages, administrado pela Fundação de Apoio ao HEMOS – CEPON – SAMU (FAHECE), emitiu uma nota oficial esclarecendo os fatos, quando o paciente necessitou de atendimento e não havia ambulância disponível.
Entendendo a situação:
- Uma ligação foi realizada para o SAMU (192) solicitando atendimento para um paciente que sofria um mal estar súbito.
- No momento da chamada, todas as ambulâncias do SAMU estavam ocupadas com outros atendimentos.
- Devido à indisponibilidade de viaturas, o atendimento não pôde ser realizado no momento.
A equipe do SAMU/FAHECE pediu desculpas pelo transtorno causado pela falta de ambulância disponível no momento da solicitação. A FAHECE também ressaltou que os colaboradores do SAMU passam por constantes treinamentos e aperfeiçoamento profissional para garantir um atendimento rápido, ágil, humanizado e de qualidade aos usuários que necessitam do serviço.
A FAHECE informou que a responsabilidade pelos médicos Reguladores é da Secretaria Estadual de Saúde (SES). Para registrar uma reclamação ou sugestão sobre o atendimento médico recebido, os familiares do paciente podem abrir uma ouvidoria diretamente com o estado no site da SES.
Informações de SCC10