Na manhã de quinta-feira, o prefeito de Ponte Alta do Norte, Ari Alves Wolinger (PL), juntamente com dois filhos e o secretário de Administração do município, Antônio Brocardo, foram presos como parte da “Operação Limpeza Urbana”. As detenções foram efetuadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Wolinger foi encontrado no Hotel Valerim, localizado em Florianópolis, enquanto seus filhos e o secretário estavam em Ponte Alta do Norte no momento das prisões. Esta operação incluiu um total de 11 mandados de busca e apreensão, além dos mandados de prisão.

A operação foi desencadeada em resposta a suspeitas de corrupção envolvendo contratos de serviços de limpeza urbana, um setor essencial para o bem-estar e saúde pública da população.

Conforme apurado, agentes públicos do município investigado estavam supostamente direcionando contratos de limpeza urbana para escritórios de contabilidade específicos.

Em troca, exigiam uma vantagem ilícita de 10% sobre os valores recebidos dos cofres municipais, uma prática que, segundo as investigações, resultou no acúmulo de cerca de R$ 100 mil pelos agentes envolvidos.

A operação, conduzida com a expertise do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), do Grupo Especial Anticorrupção (GEAC) e da Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos do MPSC, apura a ocorrência de crimes como associação criminosa, corrupção passiva e concussão.

A suspeita central da investigação é que o prefeito e seus colaboradores contrataram uma empresa para serviços de limpeza urbana, exigindo, em contrapartida, 10% de propina sobre o valor do contrato. Os crimes investigados incluem associação criminosa, corrupção passiva e concussão.

Este caso não é isolado na política catarinense esta semana. Em um episódio similar, o prefeito de Barra Velha, Douglas Elias Costa, também do PL, foi preso junto com dois secretários municipais. A prisão ocorreu no contexto da Operação Travessia, que também investiga alegações de corrupção.

A gravidade dos fatos é amplificada pelo contexto em que se inserem, uma vez que Santa Catarina registrou a prisão de 17 prefeitos em um período de apenas um ano e dois meses, um reflexo da vigilância constante das autoridades no combate à corrupção.

Informações: SC em Pauta/ Notícias Motofretistas Curitibanos/ Notícias Online

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