O fenômeno que atingiu Frei Rogério, no Meio-Oeste de Santa Catarina, foi classificado como uma microexplosão, segundo a Defesa Civil. O fenômeno ocorrido na tarde de domingo (3) causou danos a uma propriedade rural a cerca de dois quilômetros do centro da cidade. Segundo o município, mais de 50 pinheiros caíram e algumas árvores como araucárias e eucaliptos foram quebradas ao meio com a força das rajadas.

A Defesa Civil investigava o caso como um possível tornado, mas imagens do radar meteorológico de Chapecó identificaram características de microexplosão. Esse fenômeno ocorre quando uma nuvem de tempestade não consegue suportar o volume de água em seu interior e toda essa água cai de uma vez, causando uma forte corrente de vento em direção ao solo, concentrada em uma pequena área e gerando fortes rajadas de ventos em superfície. 

No sábado (2), Praia Grande, no Sul do Estado, também passou por uma forte tempestade. O caso, também inicialmente avaliado como um possível tornado, foi classificado pela Defesa Civil como frente de rajada, ou vendaval.

SC teve seis tornados em novembro

Na quarta-feira (29), a Defesa Civil do Estado confirmou o sexto tornado em um mês. O fenômeno atingiu Rio das Antas, no Meio-Oeste catarinense, na terça (28). O fenômeno inicialmente não foi confirmado pelas imagens do radar meteorológico de Chapecó. Não foi possível identificar nuvens de tempestades severas, nem assinaturas típicas destes eventos nos campos de vento, explica a nota assinada pelo profissional. No radar, apareciam apenas algumas nuvens que poderiam provocar rajadas de vento. 

Entretanto, a passagem do fenômeno, que causou danos na comunidade de Salto Rio das Pedras, com destalhamentos e a destruição parcial de um galpão, formou um “funil”, que ajudou os profissionais a confirmar o tornado.

Além deste, foram confirmados tornados em Cunha Porã, no Oeste, teve o primeiro fenômeno deste tipo no mês, no dia 2 de novembro. A cidade teve árvores derrubadas e plantações destruídas com a força dos ventos.

Duas semanas depois, no dia 16, foi a vez de Itá, também no Oeste, sofrer com um tornado. Os ventos também chegaram a mais de 100 quilômetros por hora e árvores foram retorcidas e arrancadas.

A outra cidade atingida por um tornado foi Tubarão, no Sul do Estado. A cidade também teve telhados retorcidos, árvores arrancadas e ventos de 90 quilômetros por hora. O registro foi no mesmo dia que a região foi atingida por outro fenômeno, um tsunami meteorológico, que arrastou carros para o mar em uma praia na cidade vizinha de Laguna.

Também no Sul, outro tornado foi confirmado em Balneário Gaivota e Sombrio, no sábado (18). O fenômeno causou destelhamento de casas e quebras de árvores.

Horas mais tarde, por volta das 9h da manhã, um tornado também provocou estragos em Urupema, na Serra catarinense — a cerca de 250 quilômetros do local atingido pelo fenômeno durante a madrugada.

No município, uma casa foi parcialmente destruída, com o telhado arrancado e encontrado a metros de distância, o que mostra que pode ter sido arremessado pela força dos ventos. Árvores de grande porte também foram torcidas e caíram. A região também registrou cerca de 200 raios durante a passagem do fenômeno.

Fonte: NSC

ntcgroup