Um ataque aéreo de Israel atingiu o hospital batista Al-Ahli Arabi, no centro da cidade de Gaza, nesta terça-feira (17), deixando mais de 500 mortos e “centenas de vítimas” sob os escombros, informou o Ministério da Saúde de Gaza. Se confirmado, esse será o ataque mais mortal de Israel das cinco guerras travadas desde 2008.
O centro médico bombardeado fica ao norte do enclave palestino, onde Israel ordenou a evacuação de 1 milhão de pessoas, e era refugio de famílias deslocados. Segundo informou a Al Jazeera. “O hospital abrigava centenas de doentes e feridos, além de pessoas forçadas a deixar suas casas devido a ataques israelenses”.
Também nesta 3ª feira, outro bombardeio israelense atingiu uma escola da ONU onde quatro mil pessoas se refugiavam em Gaza, deixando ao menos seis mortos. A agência da ONU para refugiados da Palestina, UNRWA, chamou o ataque de ultrajante: “mostra mais uma vez um flagrante desrespeito pela vida de civis”. A organização estima que o número de vítimas pode ser maior.
Israel diz que não bombardeou hospitais e culpa Jihad Islâmica por ataque
O Ministério da Saúde de Gaza afirmou nesta terça-feira (17) que um bombardeio ao hospital Ahli Arab matou 500 pessoas, na cidade de Gaza. Do outro lado, Israel respondeu o comunicado e afirmou que não atacou os hospitais e responsabilizou a Jihad Islâmica pelo ataque.
“A partir da análise dos sistemas operacionais das FDI [Forças de Defesa de Israel], foi realizada uma barragem de foguetes inimigos em direção a Israel, que passava pelas proximidades do hospital quando foi atingido. De acordo com informações de inteligência, de diversas fontes de que dispomos, a organização terrorista Jihad Islâmica Palestina (JIP) é responsável pelo lançamento fracassado que atingiu o hospital”, comunicou o governo em um comunicado no Twitter (X) atribuído ao porta-voz das Forças de Defesa Israel.
Inicialmente um porta-voz da Defesa Civil de Gaza afirmou que o número de mortos chega a 300 pessoas.
Fonte: SCC10