O lançamento de “Barbie” trouxe à tona uma paixão antiga de uma moradora de Blumenau, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, que coleciona quase 900 bonecas da marca. Algumas, segundo ela, bastante raras.

Rejane Rodacki, de 68 anos, guarda tudo em um cômodo reservado às Barbies, que incluem sua primeira coleção completa, a Dolls of the World, que montou quando as filhas ainda eram pequenas.

“Eu dizia para as meninas: ‘não quero que brinquem com essas, vamos deixar no quarto para enfeitar, porque são bonitas'”, recorda.

A história de Rejane com o brinquedo começou aos 13 anos, quando viu uma Barbie pela primeira vez, em uma loja do centro de Blumenau. Mas a paixão mesmo surgiu em 1990, quando conheceu, nos Estados Unidos, as bonecas de coleção.

“Fiquei alucinada. Quando podia imaginar Barbie de coleção. Fiquei babando, fotografei um monte, só que eram muito caras e eu precisava de bonecas para “descabelar, por causa das crianças, então trouxe as mais baratas”, relata.

Nessa época, Rejane já era mãe de três meninas, que foram incentivadas por ela a gostar de boneca.

As viagens se tornaram mais frequentes com o passar dos anos, e Rejane começou a coleção para valer.

A boneca dos sonhos

Em 1995, Rejane se apaixonou por uma Barbie da Scarlett O’Hara, do filme “E o vento levou”. Como a custava quase 80 dólares, decidiu não comprá-la.

Mas o desejo de ter aquela boneca de vestido branco com detalhes verde e um chapelão não foi embora.

Sete anos depois, quando a filha se mudou para Curitiba (PR), perto de uma loja de brinquedos, não perdeu a oportunidade de comentar com o vendedor sobre o desejo de consumo da mãe.

O funcionário foi atrás da Barbie e, pouco tempo depois, ligou para dizer que a tinha encontrado. Dessa vez, Rejane conseguiu colocá-la no acervo.

A história delas

Rejane sabe a história por trás de cada boneca que compra. Experiente no universo, detalha as categorias, desde a mais comum até a platinum, e os materiais de que foram produzidas.

Conta a contribuição dada por cada uma das mulheres da série Inspiring Women, que traz, por exemplo, a artista Frida Kahlo e a pioneira na enfermagem Florence Nightingale, como destaques.

Embora nunca tenha parado para calcular o quanto investiu na coleção, sabe que peças ali custam altas cifras atualmente. Por isso, já aprendeu que a hora de comprar é quando o lançamento sai, antes que comece o corre-corre. Ela já garantiu mais da metade da coleção alusiva ao filme.

Foto: NSC/Divulgação
ntcgroup