Um planeta do tamanho da Terra está dando o que falar entre os cientistas. De acordo com o site oficial da NASA (Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço), o exoplaneta LP 791-18 d é um dos grandes alvos de estudo para o vulcanismo fora do nosso planeta. Isto porque, o LP é lotado de vulcões em sua superfície, de acordo com os estudos.

Um grupo de cientistas chegou a divulgar nesta quarta-feira (17) que o planeta é o terceiro detectado orbitando uma estrela fraca nos arredores galácticos da Terra. Os achados são semelhantes à lua de Júpiter, Io, corpo mais ativo vulcânicamente em nosso sistema. Já no sistema solar, a Terra e Vênus têm vulcões ativos, assim como em algumas luas de Júpiter.

A descoberta foi liderada pela cientista Merrin Peterson. Os dados foram tirados do telescópio Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS), da Nasa, e do telescópio espacial aposentado Spitzer, contando ainda com a ajuda de alguns observatórios terrestres.

De acordo com a NASA, os astrônomos já conheciam dois outros planetas no sistema antes dessa descoberta, chamados LP 791-18 b e c. O planeta interno b é cerca de 20% maior que a Terra. O planeta exterior c tem cerca de 2,5 vezes o tamanho da Terra e mais de sete vezes a sua massa.

Durante cada órbita, os planetas d e c passam muito próximos um do outro. A agência explica que a cada passagem próxima pelo planeta mais massivo o exoplaneta c produz um puxão gravitacional no planeta d, tornando sua órbita um tanto elíptica. Nesta trajetória elíptica, o planeta d é levemente deformado toda vez que gira em torno da estrela. Essas deformações podem criar atrito interno suficiente para aquecer substancialmente o interior do planeta e produzir atividade vulcânica em sua superfície.

Imagem mostra atividade no planeta – Foto: Reprodução/Goddard Space Flight Center da NASA/Chris Smith/ND

Imagem mostra atividade no planeta – Foto: Reprodução/Goddard Space Flight Center da NASA/Chris Smith/ND/New Time

O planeta d fica na borda interna da zona habitável, a faixa tradicional de distâncias de uma estrela onde os cientistas supõem que a água líquida possa existir na superfície de um planeta. Se o planeta for tão geologicamente ativo quanto a equipe de pesquisa suspeita, ele pode manter uma atmosfera. As temperaturas podem cair o suficiente no lado noturno do planeta para que a água se condense na superfície.

O planeta c já foi aprovado para observar o tempo no Telescópio Espacial James Webb , e a equipe acredita que o planeta d também é um candidato excepcional para estudos atmosféricos da missão.

“É incrível ler sobre a continuação das descobertas e publicações anos após o fim da missão do Spitzer”, disse Joseph Hunt, gerente de projeto do Spitzer no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA no sul da Califórnia.

“Isso realmente mostra o sucesso de nossos engenheiros e cientistas de primeira classe. Juntos, eles construíram não apenas uma espaçonave, mas também um conjunto de dados que continua sendo um trunfo para a comunidade astrofísica”, finaliza.

Incrível né? As informações foram colhidas pela ND

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