“É uma tragédia”, afirmou o deputado Dr. Vicente Caropreso (PSDB) diante da apresentação dos dados apurados pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) referente à situação das rodovias que cortam Santa Catarina. Conforme a pesquisa, Santa Catarina figura na 16ª posição entre os estados quanto à qualidade das rodovias. Os números divulgados durante audiência pública realizada nesta terça-feira (28), na Assembleia Legislativa, apontam que 98,1% das vias catarinenses que estão sob responsabilidade dos governos estadual e federal encontram-se em condição regular, ruim ou péssima. No geral 57,7% da malha rodoviária apresenta pavimento desgastado, 6,3% não possui faixas centrais e 54,2% não tem acostamento. 

A pesquisa revela também que ao longo dos últimos anos houve uma queda acentuada de investimentos na infraestrutura rodoviária de Santa Catarina, enquanto no mesmo período, entre 2010 e 2011, a frota de veículos aumentou cerca de 58%.  A CNT avalia que seria necessário um total de R$ 3,06 bilhões para a recuperação e manutenção das rodovias catarinenses pesquisadas. 

“É o mal crônico que afeta Santa Catarina”, disparou o deputado sobre a escassez de recursos federais destinados às obras em rodovias federais no estados. “A conclusão total da duplicação da BR-101 levou 16 anos. Isso não acontece em lugar nenhum no mundo”.  Ele também criticou o ritmo lento da duplicação da BRs 470 e 280. “Se não fossem os recursos do governo estadual para essas rodovias, nada teria mudado nesses últimos quatro anos”, afirmou.  Só para a BR-470 o governo catarinense já destinou R$ 182 milhões, de um total de R$ 300 milhões empenhados.

Custo 34% maior
Dr. Vicente  voltou a defender a construção de uma nova rodovia paralela à BR-101, como forma de desafogar o tráfego. “A 101 está estrangulada, em vários pontos completamente congestionada. Uma tragédia para o turismo. A pessoa que vem, não volta mais. Sem contar as perdas econômicas. A pesquisa é muito clara, a lentidão e a degradação da malha rodoviária estadual resultam em aumento do custo operacional para as empresas de transporte de ordem superior a 34,7%.”

Ferrovia
A falta de investimento em ferrovias também foi lembrada pelo deputado. Ele afirmou que foram gastos cerca de R$ 39 milhões na contratação do projeto da ferrovia litorânea, que interligaria os  portos de Imbituba, no Sul, e São Francisco do Sul, no Norte. “A burocracia dos órgãos ambientais e da Funai sepultaram a iniciativa. “Não temos alternativa de modal de transporte, e os projetos de novas ferrovias não saíram do papel”, lamentou.

As informações foram postadas no site da ALESC pela Assessoria de Comunicação do Deputado Dr. Vicente Caropreso

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