Em dois meses as praias de Santa Catarina registraram mais de 16 mil casos de queimadura por água-viva, esse número é quartro vezes maior que em 2022 no mesmo período.

Conforme o professor de biologia e oceanografia da UFSC Alberto Lindner, este aumento ocorre por causa de condições climáticas. “As caravelas são animais de água quente, de alto mar e que nos meses de verão, primavera, são trazidos pelos ventos para a nossa costa”, explica.

As praias do Sul catarinense são as que mais registram casos este ano. Na região, o maior número de acidentes é causado pela espécie de água-viva chamada Olindias sambaquiensis. Essa é uma espécie que tem indícios de mais aparecimento quando a temperatura da água está mais alta.

As águas-vivas são divididas entre os grupos das caravelas e das medusas, as primeiras com coloração roxa e tentáculos que podem chegar a 10 metros de comprimento, e as medusas são transparentes em formato de guarda-chuva. Ambas liberam toxinas que causam muita dor e ardência, pois seus tentáculos têm a função de protegê-las dos predadores, paralisando as presas. As caravelas são as mais perigosas presentes no mar de Santa Catarina.

Caravela, a espécie mais comum e perigosa encontrada no mar de SC. Imagem: Internet

Fique atento na praia: a bandeira lilás alerta os banhistas sobre a presença de águas-vivas. Porém, mesmo vendo o aviso, há quem se arrisca no mar e acaba sendo queimado pela toxina.

Quando isso acontece, alguns cuidados são importantes, como evitar passar água doce na região, alerta o major dos bombeiros Guilherme Veríssimo: “Ainda na água ele (que foi queimado) pode tentar se lavar na região com a própria água do mar. Nunca com água doce. E (é importante) procurar um posto de guarda-vidas pra gente fazer um tratamento de anular o veneno com vinagre”, diz.

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